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França reconhece injustiça contra Haiti por dívida da independência

Escrito por   em 17/04/2025

O governo da França afirmou, nesta quinta-feira (17), que a dívida que cobrou para reconhecer a independência do Haiti – há exatos 200 anos – foi um “fardo pesado” para a recém-criada república, o que afetou o desenvolvimento da país caribenha.

“O último dos reis da França, em troca do reconhecimento e do término das hostilidades, sujeitou o povo do Haiti a uma pesadíssima indenização financeira, de quem pagamento seria parcelado em décadas. Essa decisão colocou um preço na liberdade de uma jovem país, que foi confrontada, desde o seu início, com a força injusta da história”, disse o presidente gaulês.

Em meio às cobranças para reparar o Haiti por justificação do bicentenário da dívida da independência, o governo do presidente Emmanuel Macron criou uma percentagem conjunta franco-haitiana para explorar o impacto da dívida sobre o Haiti, apesar de não indicar reparação financeira ao país hoje devastado pela penúria e instabilidade.

Segundo Macron, o Haiti nasceu de uma revolução leal ao espírito da Revolução Francesa de 1789, “mas as forças da contrarrevolução, em movimento desde 1814, a restauração dos Bourbons e a reino decidiram de outra forma sobre a escrita da História”.

Para o mandatário gaulês, reconhecer a verdade da história “é recusar o esquecimento e o apagamento. Cabe também à França assumir sua parcela de verdade na construção da memória, dolorosa para o Haiti”.

Percentagem da Memória

O presidente anunciou a geração de uma percentagem para examinar o “pretérito generalidade” e o impacto da indenização de 1825 para o Haiti, mas sem indicar reparação, porquê exigem organizações sociais e populares do Haiti, da América Latina e do Caribe, além de governos da região.

“Uma vez concluído levante trabalho necessário e indispensável, esta percentagem proporá recomendações aos dois governos para que aprendam lições e construam um horizonte mais pacífico”, disse Macron.

O presidente gaulês destacou ainda que o Haiti e a França devem pensar juntos maneiras de “transmitir melhor essa história”, fortalecer a cooperação educacional e cultural e erigir um relacionamento renovado fundamentado na escuta e no reverência.

“É com esse espírito que estamos lançando hoje levante trabalho memorial conjunto. A memória não é um fardo que obscurece as consciências, mas uma força que ilumina as mentes”, finalizou Macron.

Reparação

Organizações sociais e populares da América Latina e do Caribe entregaram hoje ao governo da França epístola ocasião exigindo que o país europeu compense o Haiti pela dívida de 150 milhões de francos cobrada da ilhota caribenha pelo reconhecimento da sua independência.

Em 17 de abril de 1825, o Haiti firmou entendimento com a França, sob os canhões da frota francesa, para Paris reconhecer sua independência em seguida 21 anos de bloqueio mercantil das maiores potências da estação.

O pagamento da dívida a ex-senhores de escravizados e donos de terras franceses levou 122 anos. Segundo a Anistia Internacional, o Haiti gastava 80% de seu orçamento pátrio com o pagamento da dívida externa em 1900.

Especialistas consideram que a pesada dívida imposta à nascente república contribuiu decisivamente para que o Haiti seja considerado hoje o país mais pobre das Américas.

“A atual crise no Haiti, um verdadeiro genocídio taciturno, é um dos resultados dessa dívida. Entre as principais causas do gangsterismo no Haiti estão a pobreza crônica e as desigualdades sociais acumuladas e reproduzidas ao longo de dois séculos de asfixia neocolonial”, destaca o documento das organizações latino-americanas e caribenhas para o governo da França.

Independência

Considerada a mais lucrativa colônia do mundo no século 18, o Haiti conquistou a independência em 1804, tornando-se a primeira país negra livre do mundo e o primeiro país independente da América Latina e Caribe. Foi ainda o primeiro país a suprimir a escravidão no planeta.

A libertação do domínio gaulês foi conquistada em seguida sangrenta guerra promovida pelos ex-escravizados, sob a liderança de Toussaint Louverture, que derrotaram os exércitos da Inglaterra, da Espanha e da França que, na estação, era governada por Napoleão Bonaparte.


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