Feira livre, que atraía gente de todo lugar, impulsionou a maior cidade do interior da Bahia
Escrito por Agência DM3 em 18/09/2024
O aniversário de 191 anos da Emancipação Política de Feira de Santana foi comemorado pela Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (18) com uma sessão especial. Além de vereadores, a solenidade contou com a presença de outras autoridades, lideranças religiosas, Polícia Militar, veículos de comunicação e diversos representantes da sociedade civil feirense. Dentre os integrantes da Mesa de Honra, estiveram o vice-prefeito Fernando de Fabinho (representando o prefeito Colbert Martins Filho); arcebispo metropolitano Dom Zanoni Demettino Castro; professora e escritora Lélia Vitor Fernandes (palestrante); advogado e ex-vereador do Município, Fábio Lucena, tambem convidado para palestrar, e o deputado estadual José de Arimatéia.
Ao fazer um relato de aspectos da trajetória do Município, Lélia Vitor relatou fatos históricos e citou alguns personagens que marcaram estes quase dois séculos. Ela frisou a importância de preservar valores culturais, sociais e econômicos: “Nós feirenses, nativos ou adotivos, devemos trabalhar e contribuir para que a nossa Princesa do Sertão se transforme em uma Rainha do Nordeste”. A professora explicou que a história de Feira remonta ao século XVII, período em que as terras do sertão baiano estavam divididas entre dois grandes latifundiários (Francisco Dias D’ Ávila e Antonio Guedes de Brito).
Mas, foi por volta de 1820 quando o casal Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandão compra a propriedade denominada de Fazenda dos Olhos D’ Água, que se desencadeia um movimento para impulsionar Feira a se tornar o que é hoje. Ela relatou que tropeiros, vaqueiros e outros viajantes utilizavam a fazenda para descansar e alimentar os animais e moradores das redondezas viram nisto uma oportunidade de vender os seus produtos a quem passava. Isto, fez surgir naturalmente uma feira livre, que aos poucos foi atraindo gente de todos os lugares.