Brasil reduz 70% da espaço queimada no primeiro trimestre de 2025
Escrito por Agência DM3 em 16/04/2025
Nos três primeiros meses de 2025, a extensão de todas as áreas atingidas por queimadas no país somou 912,9 milénio hectares. Na verificação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 2,1 milhões de hectares, houve uma redução de 70% no território vernáculo atingido pelo queimada.
Do totalidade das áreas queimadas 78% são de vegetação nativa, sendo que 43% do que foi consumido pelo queimada eram de formação campestre.
Entre os estados brasileiros, Roraima foi o que mais queimou nesses três meses, somando 415,7 milénio hectares. O Pará foi o segundo mais atingido, com 208,6 milénio hectares queimados e o Maranhão perdeu 123,8 milénio hectares para o queimada, sendo o terceiro na lista. Entre as cidades, Pacaraima e Normandia, ambas em Roraima, foram as mais afetadas, com 121,5 milénio e 119,1 milénio hectares, respectivamente.
Segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Felipe Martenexen, Roraima vivencia sua estação seca no início do ano, o que torna o estado particularmente vulnerável às queimadas nesse período. “Os dados do primeiro trimestre de 2025 refletem essa sazonalidade climática, com Roraima despontando porquê o principal foco de queimada no país”, explica
Os números foram divulgados nesta quarta-feira (16) e são do Monitor do Lume, uma utensílio do MapBiomas que utiliza imagens de satélite para mapear cicatrizes de queimada em todo o país.
“A ocorrência do período de chuvas contribui para essa subtracção das queimadas. No entanto, o Tapado se destacou com a maior espaço queimada no primeiro trimestre em verificação aos últimos anos, o que reforça a urgência de estratégias específicas de prevenção e combate ao queimada de cada bioma”, alerta a pesquisadora do Mapbiomas Lume, Vera Arruda.
Biomas
Entre janeiro e março de 2025, o Tapado teve aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, Foram 91,7 milénio hectares queimados, ficando 106% supra da média histórica desde 2019.
Também cresceram em espaço atingida pelo queimada a Mata Atlântica e o Pampa. Em relação a 2024, as áreas queimadas aumentaram 7% e 1,4%, respectivamente. Enquanto a Mata Atlântica teve 18,8 milénio hectares atingidos, o Pampa teve 6,6 milénio hectares queimados.
A Amazônia, apesar de ter registrado queda de 72% na espaço queimada em relação aos três primeiros meses de 2024, foi o bioma mais atingido em extensão no mesmo período de 2025. Foram 774 milénio hectares queimados, representando 78% do totalidade vernáculo.
“É importante entendermos que a estação seca de 2025, que se aproxima, possivelmente ainda será poderoso, o que pode volver essa exigência de redução” diz a diretora de Ciência do Ipam e coordenadora do Mapbiomas Lume.
O Pantanal e a Caatinga também observaram redução nas suas áreas queimadas durante os três primeiros meses de 2025. Eles tiveram, respectivamente, 10,9 e 10 milénio hectares atingidos pelo queimada, que representaram reduções de 86% e 8% em relação ao mesmo período de 2024,
Março
No último mês do primeiro trimestre deste ano, o queimada alcançou 106,6 milénio hectares do país, o equivalente a 10% da espaço totalidade queimada nos meses analisados. Na verificação com março de 2024, foram 674,9 milénio hectares a menos queimados, o que representa redução de 86%.
Do totalidade no mês, a Amazônia queimou 55,1 milénio hectares; o Tapado, 37,8 milénio hectares, a Caatinga 2,2 milénio hectares, Mata Atlântica, 9,2 milénio hectares, o Pampa 1,5 milénio hectares e o Pantanal, 561 hectares.